Meia dúzia de valentes
manobram a massa nacional
E em vilania, projetam domínio
De abrangência clara e geral.
A massa não pensa: transfere o que é seu.
A massa pede mão forte: terá o que quer.
Auto-sabotada, será controlada
Por leis estúpidas de sinistros fins
Que a meia dúzia de valentes
Não cessa de produzir.
A massa não pensa: transfere o que é seu.
A massa pede mão forte: terá o que quer.
A meia dúzia de valentes, por ora
Canta aos ouvidos da massa:
Seduze-a, suborna-a, entorpece-a; a massa retribui.
A meia dúzia comprou a massa: pouco custou.
E lhe moldará, molhada argila: como desejou.
A massa, de súbito, quererá reagir: será tarde.
A massa pediu mão forte: obteve o que quis.
A massa transferiu o que era seu.
A massa não pensou.