Miro tua foto que o tempo descoloria
Nela enamorei-me de teus límpidos olhos:
Penetram minh’alma até íntimos refolhos
Ó delicada musa, namorar-te-ia!
Em vão ano nasci, vã a hora em que morrias
Mas unirei-me a ti, minha menina-dos-olhos:
Magia ou sortilégio, qualquer meio escolho
Pois tal amor veraz eu jamais desprezaria
Parto sem temor, que deixar-te é agonia
Cativo voluntário, prisioneiro a voar:
Volto rumo a outrora, à sombra e luz noir
Cores, que são elas? Frívola perfumaria,
Tua expressão me basta, é perfeito convocar:
A mim requeres, sinto-o: diz-me teu lindo olhar!