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Reandorinha

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Professor Bandeira, reli meus poemas: achei-os, assim, à toa, à toa… mas depois vi os do vivier então, concluí: fiz só coisa boa

Noturno

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Para nós, a sós inexiste o tempo: medível, contável Há tão-somente suave mistério incontrolável Possuímos parte da eternidade em movimento Não temos forma: somos ar, somos gás liquefazemos Não somos dois: somos, apenas acontecemos Pura… Noturno

A Fabiane Maria de Jesus

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Numa tarde comum Fabiane saía e só pedalando, em nada pensava. Singela e tranqüila, quem imaginaria? Grande tragédia por ela esperava… Lá pelo bairro sorria e acenava, em lúdica andança. Ela não cuidava que algo… A Fabiane Maria de Jesus

Massa nacional

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Meia dúzia de valentes manobram a massa nacional E em vilania, projetam domínio De abrangência clara e geral. A massa não pensa: transfere o que é seu. A massa pede mão forte: terá o que… Massa nacional

Valsa de elefante

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Menos palavras últimas, frases que esgotem assuntos: valsas de elefante. Mais empatia: amar ao próximo sem odiar ao distante. Mais serenidade, mais conversa boa, mais bolo gostoso, mais sinceridade, mais alma leve, mais inspiração. Eu… Valsa de elefante

Do escrever

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Atingir a forma ideal, ir à essência do ser no ato mesmo de escrever: leitura transparente. Escrever por simular alguém que não sou, falsear a verdade, e criar falsa impressão? Emular em mim teatro, ópera-bufa,… Do escrever

Medíocre

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Define “medíocre”, e crê que assim, só por definir, excluir-se-á da definição. Mas não consegue humilde recuo, medir a si mesmo e afinar o tom.

Assalto

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SUSTO! Estaco. Vulto cinza. A ordem: – Passa rápido vai vai vai. Oco e nada: Sangue: some Reflexo: congela Pensamento: foge. O braço, mecânico: entrega. O vulto cinza: pegou correu sumiu. Acabou? Acabou. Pensamento volta.… Assalto