corro, taco roupa, paro à margem:
fico, não pulo.
o lago imóvel me caçoa.
cato as peças, retroajo:
enxabido, humilhado.
faltou pouco, sempre falta:
casmurro, logo empaco.
vida besta, a vida-semi!
nunca tudo, nunca lá!
sempre prestes:
inconcluso, só empate.
e o lago riu de mim.
“ia pular, ah, devia!”
colo aqui, não reajo.
eu, covarde?
meio a meio.
tudo em parte:
sou um quase.